Atenção: calma deliberada
e silêncio.
[...]
Meditação não é somente um descanso ou um retiro do tumulto, da correnteza de impurezas deste mundo. É uma forma de se ser a correnteza, para tornar possível estar à vontade tanto nas águas calmas quanto no turbilhão. A meditação pode nos tirar do mundo, mas também nos colocar totalmente nele. Poemas também funcionam um pouco desse jeito. A experiência de um poema nos oferece distância e envolvimento: ficamos próximos e distantes ao mesmo tempo.
e silêncio.
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Meditação não é somente um descanso ou um retiro do tumulto, da correnteza de impurezas deste mundo. É uma forma de se ser a correnteza, para tornar possível estar à vontade tanto nas águas calmas quanto no turbilhão. A meditação pode nos tirar do mundo, mas também nos colocar totalmente nele. Poemas também funcionam um pouco desse jeito. A experiência de um poema nos oferece distância e envolvimento: ficamos próximos e distantes ao mesmo tempo.
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Tradições de atenção deliberada da consciência, e a feitura de poemas, são tão velhas quanto a humanidade. A meditação olha para dentro, a poesia se demora. Uma é privativa, a outra está no mundo. Uma adentra o momento, a outra o partilha. Mas na prática, nunca sabemos claramente qual é qual. Em todo caso, sabemos que a despeito da percepção atual sobre meditação e poesia serem especiais, exóticas e difíceis, ambas são antigas e banais feito mato. Aquela se volta aos momentos essenciais de calma e introspeção profunda, e esta ao impulso fundamental da expressão.
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Poesia é um meio de celebrar a verdade de um universo não-dual, em todas suas facetas.
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[Como disse o poeta Bashô] “toda poesia e arte são oferendas ao Buda.”
(trechos traduzidos a partir do original Just One Breath: The Practice of Poetry and Meditation)
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