sábado, 15 de fevereiro de 2014

estrella errante: Manuel Iris, o bufão de deus

Não te estou chamando, chama claríssima
porque não canto no tom certo a teu ouvido
e porque minhas palavras - as melhores-
viram cinzas ao roçar-te
e ainda que
pela verdade
pela distância
e a crueldade
de nossas duas naturezas eu saiba
que este poema jamais te encontrará
deito-o em tua pele,

entrego ao fogo.


No estoy llamándote, flama clarísima
porque no canto en tono necesario para tocar tu oído
y porque mis palabras—las mejores—
se calcinan al rozarte
y aunque sé
por la verdad
por la distancia
por lo cruel
de nuestras dos naturalezas
que este poema jamás va a llegar a ti
lo arrojo hacia tu piel,
lo doy al fuego.






[este o livro está disponível para download no blog de Manuel, o Bufón de Dios]

Nenhum comentário:

Postar um comentário